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Oi!

BEM VINDA(O)!



Por aqui encontrarás algumas idéias e coisas me fizeram muito feliz nesses últimos tempos... e também simbolizaram diferentes momentos da minha vida...

Estás convidada(o) a conhecer a COISA... ler os meus escritos, entender como essa história começou... e saber que tudo por aqui foi feito artesanalmente e com muito amor...

29 de abril de 2010

Um ponto de cada vez.


Quando se trata da costura a mão, mesmo sendo o mais simples dos projetos, é necessário tempo...
Tempo para desfrutar de um especial ritual costurístico:
Uma escolha que apresenta um longo caminho... primeiro a inspiração... depois a ação:

Criar o projeto, selecionar os tecidos, transferir/desenhar o molde, cortar, alfinetar, costurar, passar ferro, acolchoar, caprichar nos acabamentos fugindo dos “cantos redondos”... Quiltar...etiquetar...
Apreciar...Significar (antes, durante e depois de pronto).

Nessa semana, iniciei uma nova costura... ela me chama todos os dias...mas não tenho tido muito tempo para lhe dar atenção. Percebi logo ao alfinetar os tecidos que ela já estava ansiosa em ficar pronta.
Só queria ter mais tempo...para costurar! !!!
Mas... ok...
Vou com calma...Sem pressa...
Um ponto de cada vez... ou melhor... três pontinhos, volta um, segue mais três...e assim vai para ficar bem costuradinho.

24 de abril de 2010

Flores de sábado...

Gosto muito de ter flores espalhadas pela casa... elas nos inspiram nos dias cinzentos... e nos dizem: - vai viver a tua vida antes que murche...
Nossa!.. Às vezes a minha mente é cruel nas palavras...

Mas é assim mesmo, não é?
Todos murcharemos um dia... então, essas coisas independem da idade... mas sim, da nossa atitude em mantermos bem viva e florescida a nossa própria vida, lembrando que todo Ser viverá vários verões, outonos, invernos e primavera!
Nos próximos dias, conviverei de perto com a PrimaVera... a primeira verdade... essa que nos inspira a renascer sempre. A mudar de fase. Virar a página. Trocar os tecidos...

Alguém já lhe pediu: - Quantas primaveras você tem?
Para mim já... e embora a minha primavera aconteça em pleno outono, me dou conta das tantas primaveras que já vivi... das muitas flores que nasceram, floresceram, coloriram e murcharam na minha vida.
E simplesmente Agradeço. Silencio...
Vou me despedindo das pétalas que cairão na próxima terça... dando lugar à outras que ainda virão viçosas, renovadas, sejam rosas, margaridas, orquídeas ou até mesmo cactos(sim, eles também florescem!)...

E peço apenas que eu consiga manter meus terrenos bem adubados, saudáveis... "regados" pelos panos floridos de patchwork, que estampam todos os meus mais profundos sonhos...
E é óbvio que todas vocês - que cirulam por este meu espaço e conhecem os meus segredos- tem lugar reservado no meu jardim... que sempre fica mais belo com essa diversidade (ou diversas idades) de flores!

19 de abril de 2010

“Feliz Dia do índio...”

Dizem por aí que hoje é dia do índio...

Eu fico impressionada como ainda hoje algumas escolas sugerem que seus alunos a façam cocares de penas, pintem o rosto... brinquem de fazer u!.u!
Que me perdoem, mas poderiam optar em mostrar, falar, ensinar a seus alunos a sabedoria indígena de manter os pés na Terra... ou propor atividades de reconexão com a natureza das coisas que as nossas próprias mãos podem nos oferecer... afinal, os processos artesanais estão interligados às origens de cada civilização...

Tive a oportunidade de visitar um lindo zoológico no final de semana... que tem uma estrutura diferente... ao entrarmos, somos “enjaulados” junto com os animais... integrando o ambiente, onde não vemos os animais “da vitrine”... mas nos percebemos tão animais como os que ali estão, na exuberância da sua natureza... mas presos no cativeiro...

Talvez a Natureza prefira nos virar as costas... nos alertando que talvez não estejamos sendo generosos o suficiente com ela...como ilustra a foto ao lado que fiz de um casal de Araras Vermelhas... que permaneceram de costas, imóveis, dormindo com quem diz: não estou a fim de te ver... preferiria estar lá no "buraco das Araras Vermelhas"...

Então, nessa segunda-feira em me sinto um pouco como uma índia desconectada do seu habitat natural, fechada no seu cativeiro de mil coisas diárias... encontrando sentidos para muitos pensamentos, penso que:
Um índio de verdade não se desconecta do que lhe é mais humano e verdadeiro...
Um índio de verdade respeita e se preocupa com a natureza...seja a sua, a do ambiente ou a do outro.
Um índio de verdade mantém-se conectado com a vida.
Um índio de verdade valoriza seus processos criativos e artesanais...
Um índio de verdade quer apenas viver.
...
Que nesse dia, esse índio/índia que habita em cada um nos permita
simplesmente Ser.
Diz o ditado que "quem tem Chefe é índio...”
Eu continuo tendo Chefe... e exatamente nesse momento preciso parar de filosofar e ir trabalhar em mais uma indiada...(e costura que é bom... nada!)Mas sabem... eu admiro a minha Tribo... essa de Índias Guerreiras, que permanecem na sua Dança para que um dia Chova Arte!

16 de abril de 2010

Sob a proteção de Minerva...

Acordei hoje pensando na minha avó...
E... ao mesmo tempo em que me entristeço por pensar que já não a temos fisicamente conosco, me conforto nas lembranças que ficaram sobre o seu jeito e sua sabedoria, mantendo-a eternamente viva em nossas mentes.

É isso.
Permaneceremos vivos enquanto alguém lembrar de nós... essa herança imaterial... fruto das nossas ações em vida que se mantém (ou não) acesas na mente do outro.

Na simplicidade da vida tranqüila da minha avó, ou na profundidade de seus segredos, ela deixou muitas lembranças, sentimentos, ensinamentos... bons ou ruins... mas verdadeiros.
Objetos materializam algumas lembranças... como os riscos de bordado guardados por ela durante a vida toda, escritos em alemão e amarelados pelo tempo (que emoldurei para preservá-los)... ou então, o estojo de madeira que ela usava na escola, que ganhei dela ainda viva, junto com a sua caneta/pena tinteiro que lhe ensinou a escrever...

Recentemente, herdei a sua máquina de costura Minerva...
Essa que caiu nas minhas mãos simbolizando a própria Deusa Minerva da sabedoria...das Artes e as Habilidades Manuais...
Seria essa uma coicidência da vida?
Experiências desse tipo...eu chamo de ENCONTRO.
Esses meus/nossos, sejam eles mentais, reais, materiais, espirituais...

E sabem o que havia em uma das gavetas do móvel da máquina?
Botões...
.

12 de abril de 2010

Alfinete de bolinha.

Lidar com as agulhas da vida não é fácil...muito menos com as alfinetadas diárias que nos furam os dedos, liberando gotas de sangue que mancham nossos tecidos e que também nos lembram que há alguém bem vivo conduzindo cada ponto realizado.
Quando costuramos somos integralmente responsáveis por cada ponto certo ou errado, torto ou reto, firme ou solto.
Se estivermos atentos ao trabalho, perceberemos logo que um ponto mal feito é fácil desmanchar... e refazer esse pequeno estrago torna-se simples...
O problema se agrava quando nos distraímos e nos damos conta de nossos erros somente lá adiante, onde desmanchá-los ou corrigi-los torna-se quase impossível.
Então, escolhemos deixar assim ou optamos pelo difícil desmanchar e refazer tudo de novo.
E aquele descuido, será a eterna lembrança de um momento de distração, de aprendizagem, de normalidade (sim, porque perfeição não existe... ou existe?)
...
Aprendemos uns com os outros... e nas oportunidades que tive de costura em grupo ríamos muito das nossas alfinetadas... mulheres reunidas costurando por um logo tempo seus tecidos... e suas palavras.
E é claro que sempre chegava o momento das “alfinetadas”, aquele da fofoca... do - tu viu isso? - e aquele outro? – oh! Mas que coisa!
Pequenas espetadas que não machucaram ninguém... apenas a força do hábito e das palavras de quem se reúne para costurar a vida uma na da outra.
Afinal, “que espete o primeiro alfinete” quem nunca foi vilão ou vítima das próprias palavras alfinetadas...
Ui! Uma alfinetada dói...
Mas é bom que saibamos que alfinetes prendem apenas temporariamente.
São as agulhas as responsáveis pela costura bem feita.
Pois chega o momento em que se torna necessário deixarmos os alfinetes no seu lugar... restando a cada um cuidar da sua própria costura...(aceitando o jeito de costurar do outro)

Alfinetes nos tecidos, linhas nas agulhas, costuras cuidadosas e caprichadas...podem significar uma vida sem mágoas...
Afinal, todos os tecidos merecem ser costurados da melhor maneira...
E a necessidade da convivência diária com diferentes pessoas, interessadas em prender, alinhavar, costurar a vida no seu tempo e grupo, pode nos ajudar a aceitar a presença dos alfinetes e agulhas com ferramentas de crescimento.

A imagem abaixo é uma relíquia recém descoberta em um livro que comprei...SHAW, Robert. American Quilts: The Democratic Art, 1780-2007.. Sterling Publishing CO:2009 .
São muitas as possibilidades de leitura no Desenho/Litografia de H.W. Pierce, 1876 - “Quilting Party in the Olden Time” onde a vida acontece a partir das costuras de cada um.

9 de abril de 2010

Ins-piração...

Nessa semana, andei sem inspiração para a costura...
O que aconteceu comigo?
Cadê o ar costurístico que respiro através das minhas tantas idéias?
Já descobri!...
O fato é que temporariamente deixei o ins de lado e fiquei somente com a piração de um semestre e suas mil coisas necessárias que também tomam conta de boa parte do meu tempo...
...
Então, se há de pirar de vez... vou me fazer de louca “só por hoje” e retornar aos meus planos... Pois só em pensar neles já me animo.
E esses apetrechos[da foto] tão especiais, são os que possibilitam dar asas a qualquer coisa que eu sinceramente queira criar, remendar, costurar... ou, se for o caso, simplesmente escrever.

5 de abril de 2010

Recomeço.

Recomeçar...retomar...retornar...recapitular...reaprender...reorganizar.
Passamos a vida re alguma coisa...
E nessa segunda feira, onde eu tento andar, começar, tornar, organizar, sou invadida por esse Ré que fica ali, tocando na mesma tecla na minha mente.
...
Então, penso na “ação Ré”... do andar para trás...
E ao mesmo tempo é o Ré musical quem me mostra uma luz...um som possível de uma manhã que começa devagar, na segunda nota e que ficará mais bonita ainda se puder harmonizar-se com o Dó.....Mi, Fá, Sol, Lá...Si!!!

Se estou assim, em marcha ré...(em estilo Garfield) devagar, pensando o que é necessário para retomar o que não pude fazer nesses últimos tempos... é porque há fases na vida em que: não podemos de outra maneira. Por “N” motivos.
Talvez seja esse mesmo o momento de apenas aceitarmos a demasiada honestidade daquela pessoa que nos é mais cara:nós mesmos... e recebermos, de presente, a verdade(ou a incerteza) das nossas escolhas.

Então... como“já dizia a célebre Tartaruga”: Devagar também se vai longe.
Ou então: um passinho atrás...pode impulsionar vários para frente!
Segunda-feira...aqui vou eu!