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Oi!

BEM VINDA(O)!



Por aqui encontrarás algumas idéias e coisas me fizeram muito feliz nesses últimos tempos... e também simbolizaram diferentes momentos da minha vida...

Estás convidada(o) a conhecer a COISA... ler os meus escritos, entender como essa história começou... e saber que tudo por aqui foi feito artesanalmente e com muito amor...

29 de maio de 2010

"Me dê motivos"...

Sem motivos, qual é a graça da vida?
Não dá para ficar se lamentando como na música do Tim Maia...
Se sofremos com alguns motivos mas nos damos conta a tempo de que é preciso manter o foco no que realmente vale a pena, encontramos motivos de sobra para ir a luta, deixando de lado algumas escolhas do ir embora...
A vida pode até ser curta (ou não)...mas quem deseja sofrer em vão?

Motivos sinceros, verdadeiros, nos fazem Viver (com V maiúsculo):
Família, Amor, Saúde, Pessoas, Amigos, Experiências... e por que não, Costuras.

As minhas costuras desse sábado foram motivadas pela minha sobrinha, quando estávamos em uma loja e ela escolheu um tecido floridinho... nem precisou me dizer nada... “Captei” a mensagem...
Quando conheci meu marido, ela tinha apenas 3 aninhos de idade... e adorava desenhar pelas paredes da casa... eu virei a sua “dinda emprestada”...e foi ela quem levou as alianças no dia do nosso casamento... realmente! o tempo passa!... E a espertinha em breve atingirá a sua maioridade...
Mas antes, ela ganhará uma nécessaire...para lembrá-la que é necessário preservarmos as relações que realmente importam nas nossas vidas.
Essa costura foi feita na companhia da minha gata...que brincou com o carretel de linha da máquina, roubou os tecidos... xeretou os alfinetes... e foi "aplicada" ali:

Meizinha... tá aqui o teu presente!..

25 de maio de 2010

Vai passar...

Durante toda a nossa vida, alguns objetos/coisas, nos atraem...ou seríamos nós quem os atraímos?
Os meus preferidos e mais atraídos ultimamente são os livros e os tecidos. Andam pelas estantes da minha casa, guardando histórias para me contar..

Aprendi a valorizar os objetos pelo sentido que ocupam em minha vida.
Dá para perceber pelos meus escritos neste blog que comumente filosofo sobre esses objetos...
Mas saibam que sempre foi assim.
Desde criança, quando visitava alguma biblioteca, os livros que eu mais precisava ler “saltavam” nos meus braços... em outros momentos, objetos especiais vieram parar diretamente: nas minhas mãos, exatamente quando precisava dos seus conselhos.
E cada vez em que eles aparecem, me vejo investigando, pensando no motivo pelos quais eles me visitam.
No último domingo, ao passear pelo Brique da Redenção em Porto Alegre(que eu adoro ir de vez em quando)... vi algo brilhando para mim... ele logo me chamou a atenção em meio a objetos antigos.
Cheguei perto, peguei-o na mão.. disse à vendedora que iria pensar... fui dar uma volta...
Não adiantou. Aquele antigo ferrinho de passar não saía da minha cabeça.
Em minutos, pensei em quem teria sido a sua dona... teria sido de alguém que viajava muito e precisou de um ferrinho para passar seus tecidos amassados?
Ou de alguém que o ganhou de presente e não usou?
Ou...ou...ou
Naquelas alturas, ele já era meu.
Já habitava o meu imaginário.
Já havia pousado e passado todos os retalhos de tecido daquela ensolarada manhã de domingo.
É claro que voltei lá, conversei com a Otília, a simpática vendedora de antigüidades daquele lugar... namorei o ferrinho... e ele veio para casa comigo.
É da década de 60, da Marca Rubi.
Sugestivo nome para uma marca: exatamente o nome da pedra que figura como “rei’ das pedras preciosas, a cor do rubor, do vermelho, símbolo da liberdade e da paixão.
Ele chega em boa hora... trazendo cor a uns dias cinzentos que me entristecem (quem não os tem?). Trazendo em si a sua missão e literal mensagem: “vai passar”!.
Eis, então, o meu precioso Rubi:

16 de maio de 2010

Perdendo tempo...

"Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante"...
A frase de Exupéry, recebida em uma mensagem enviada por uma amiga nessa manhã de domingo me deixou pensativa...
- É o tempo de convivência com as nossas rosas que as tornam tão importantes... A verdade é que não existe tempo perdido.
Apenas vivido.
...
Escrever em um blog... para alguns, é perder tempo.
Para outros, destinar um tempo para si mesmo é muito difícil...
Há também quem pense que perder tempo é ficar em casa num domingo pela manhã assistindo a corrida, costurando tecidos ou palavras... na companhia do marido e uma gata que quer brincar com tudo, pois “não pode perder tempo”...
Fico pensando em quantas vezes tenho repetido e ouvido:
- Não tenho tempo... me falta tempo... mas isso é perda de tempo!
- Ah não...eu não tenho tempo para essas coisas...
...
Já perdi muitas coisas na minha vida... inclusive tempo.
Mas aprendi a ganhar outras muito importantes exatamente nesses “espaços perdidos”
...
Podemos viver sem culpa o tempo perdido (ou não?)...
Neste domingo, ganharei vida convivendo entre família e amigas...
porque a vida passa... e essa não dá para perder.

(o relógio da foto era da minha avó...ele parou... até tentei dar corda, mas não funcionou mais. Esse tempo já se foi).

11 de maio de 2010

"Cada um no seu quadrado".

Há alguns anos, impliquei com uma música que meus alunos cantavam...todos já devem ter ouvido:
Aquela que repetia “Ado-a-ado, cada um no seu quadrado!”...
Sim. Eu a achava(e continuo achando) tão pobrinha e repetitiva...
Mas preciso confessar que ao terminar mais um dos meus tantos quadrados costurísticos, meu inconsciente ficou cantando essa música...(pode uma coisa dessas?)
...
Quadrados, triângulos, círculos... são tantas maneiras de pensarmos sobre o lugar de cada um nessa vida...
E fiquei pensando que sim, cada um “respeitar o seu quadrado” pode ser muito sábio... ainda mais se o quadrado for costurado em patchwork...risos...

Um quadrado pode ou não ser limitado... pode também transformar-se no “galho”...aquele da brincadeira onde cada macaco procurava o seu, senão perdia o jogo...
E nessa manhã cinza, chuvosa e frrria, estou aqui, no meu quadrado trabalhístico, mas a minha mente... só pensa em quadrados floridos, costurados, emendados, remendados com as mil idéias que estão dançando a "dança desses quadrados" na minha imaginação.
O meu quadrado de hoje é esse aí de cima... aquele que iniciei há uns dias... ficou bonitinho né?
...
Aqueles meus alunos adolescentes sabiam direitinho qual era o seu quadrado... naquela época, era eu quem interferia no deles...
Ainda bem que eu achei o meu.

9 de maio de 2010

Materna idade.

Para_ _ _
_Minha Mãe, sempre tão verdadeira, que na sua simplicidade soube nos educar com muito amor _ _e sabedoria, driblando as limitações e dificuldades da vida...
_ _ _Minhas Mães-irmãs...
_ _ _ _ Minhas tias-Mães...
_ _ _ _ _ Minhas amigas Mães...
_ _ _ _ _ _ Quem passa por dificuldades para ser Mãe...
_ _ _ _ _ _ _ Quem ainda vai ser Mãe...
_ _ _ _ _ _ _ _ Quem tem uma Mãe dentro de Si:
_ _ _ _ _ _ _ _ _que cuida, se preocupa, educa...
_ _ _ _ _ _ _ _ _ espera, silencia, incentiva, aceita...
_ _ _ _ _e ama incondicionalmente.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _FELIZ DIA DAS MÃES! _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Imagem: Detalhe da obra As Três Idades da Vida, 1905. Gustav Klimt.

4 de maio de 2010

Sem a menor culpa.

Nem sempre somos felizes em nossas escolhas diárias. Muitas vezes agimos por impulso, por desconexão com o que nos é mais importante, por vaidade, por necessidade, ou por outros motivos que nos parecem mais adequados no momento.
Então, gastamos uma grande parte do nosso precioso tempo pensando, decifrando nossos próprios mistérios...(Vocês podem perceber que eu sou do tipo que pensa demais...será?... mas também tenho vivido tudo. Exercitando o estar no momento presente... pois foi nos dado de presente!)
Simplesmente Viver... presente que ganhamos todos os dias e que muitas vezes guardamos para depois.
E...querer viver em tempo real, presente, será pedir demais?
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - costurando - - - - - - - - - -- - - - - - - - costurando- - - - - - - - -
Como vêem, a costura me distrai dessas pré-ocupações mentais diárias... e me aproxima das idéias mais preciosas da minha vida. E, embora eu costure muito menos do que gostaria, em meus pensamentos rolam kilômetros de idéias alinhavadas... fazendo companhia aos outros muitos metros já acolchoados, quiltados, vividos e vívidos.
- - - - -- - - - - - - - - - - - - gostei disso - - - - - - - - - - - - - - - - dá para costurar no computador também - - - - - - - -risos - - - - - - - - - - - - - - - - uma pena que só em linha reta - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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Na coluna da Martha Medeiros do último domingo, dia 02, ela comenta: “A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa”.

Eu gostei de ler isso... e Arremato as minhas idéias de hoje assim.
Talvez esses pensamentos todos apenas reforcem em nós a crença de que em uma vida bem vivida não há espaço para culpas remoídas...
Acomodar as escolhas erradas, os enganos da vida também nos ensinam muito.
E dá para fazer isso sem culpa nenhuma.
Sem remorso. Nem arrependimento.
Apenas deixar ir...para simplesmente escolher viver a vida que está aqui (aí).
Para todos nós.

ps. aqui...a minha Anita... preocupadíssima e cheia de culpa com seus afazeres diários: