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Oi!

BEM VINDA(O)!



Por aqui encontrarás algumas idéias e coisas me fizeram muito feliz nesses últimos tempos... e também simbolizaram diferentes momentos da minha vida...

Estás convidada(o) a conhecer a COISA... ler os meus escritos, entender como essa história começou... e saber que tudo por aqui foi feito artesanalmente e com muito amor...

25 de maio de 2011

O que temos em comum:

Gostamos de tecidos, costuras, botões.



Alfinetamos, alinhavamos e costuramos nossas idéias ou a de outros,



Juntamente com os nossos projetos e sonhos.



Muitas vezes, nos momentos de distração, agulhas e alfinetes espetam nossos tecidos...



E torcemos para que não nos machuque nem sangre



mas...se manchar o tecido de vermelho,



ainda assim apreciaremos a beleza da cor, ao mesmo tempo em que choraremos a mágoa do momento...



para, logo em seguida, tratarmos de “oxigenar” o lugar para que a mancha se retire de vez.

Temos em comum a vontade de viver... os pensamentos secretos em cada momento costurado... os acertosXerros nos cortes, montagens, descobertas costurísticas...





E a vontade infinita de possuir e costurar todos os tecidos floridinhos do mundo!

[Ai..ai... escrever isso me deu uma vontade de me afundar nas costuras...]







E hoje o dever ainda me chama... mas...




amanhã, feriado por aqui... após a visita ao Santuário de Nossa Senhora da Caravagio , cumprirei minhas promessas costurísticas que alegrarão a minha alma!






A imagem ao lado é da Pintura de Aldo Locatelli... seu olhar da Nossa Senhora de Caravaggio e a vidente Joaneta, na Igreja de São Pelegrino, Caxias do Sul.

23 de maio de 2011

"Costuras" de Machado de Assis..

Um pouco de literatura... porque a vida também é feita de outras costuras...

Um Apólogo
de: Machado de Assis



Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!



Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

Fonte: http://www.releituras.com/machadodeassis_apologo.asp Acesso em 23 de maio.
Conheça o autor e sua obra visitando "Biografias".

13 de maio de 2011

É melhor não contrariar...

Dizem alguns estudiosos, que o corpo fala...



Vou concordar plenamente, principalmente por ouvir o meu tagarelando o tempo todo.
E minhas mãos me pedem hoje um pouco de costura a mão...
Sentar. Realizar ponto por ponto. Meditar costurísticamente.



E é exatamente o que eu vou fazer.
Vou poupar as palavras por aqui... para aproveitar alguns pontos a mais das minhas costuras...


Pois hoje é um dia de muita sorte.
Sexta-feira Treze: muito Sol brilhando lá fora... um tempinho “livre” aqui dentro e minhas costuras me esperando.



Vou me dar esse luxo hoje...


Uh..hu! [isso ficou engraçado] ... lá vou eu!






bjs e boas costuras pra vocês também.











A M O essa imagem... ela já apareceu por aqui em outras vezes:


Pequena costureira, de Jessie Wilcox Smith

7 de maio de 2011

Do canteiro de "onze horas" da minha mãe...

Dia das Mães...



Um dia minha mãe me ensinou que tudo o que semeamos com amor nessa vida nos faz bem e nos coloca em contato com a nossa própria natureza, a essência da nossa Terra... e pode germinar, crescer, dar frutos, ou não.





Tudo depende sempre de tantos fatores, mas sempre devemos acreditar nas melhores colheitas![como as lindas florzinhas conhecidas com "onze horas"ou os girassóis citados aqui ao lado]




Há algo que nos liga profunda mente às nossas mães: é a natureza da vida.
A origem.




Esse lugar de onde viemos, ventre materno que habitamos um dia e que nos mantém eternamente conectados ao cordão umbilical que foi cortado ao nascermos, mas que não nos desligará nunca do amor de quem nos gerou: a nossa Mãe.



Nesse domingo, além de abraçar, beijar e aproveitar muito a presença da minha Mãe, vou homenageá-la por aqui com algumas imagens de seus canteiros floridos, das quais coleciono com carinho e que são símbolo da energia positiva que ela também tem nas mãos... que nos alimentam, abraçam, acariciam e até foram instrumento de muitas palmadas da infância (haja paciência da minha mãe com suas filhas aprontonas... e a gente compreende que paciência de Mãe tem limite!).


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Da bananeira plantada pela minha mãe...

Do chuchuzeiro da minha mãe...
DO CANTEIRO DE ONZE HORAS: da minha mãe!


À minha Mãe em especial, e à todas as màes que passarem por aqui: FELIZ DIA DAS MÃES!


4 de maio de 2011

"Ó o Carteiro!"

Hoje pela manhã, realizei algo que há anos não fazia:
enviar uma carta pelo correio!



Nossa... pode parecer bobagem, mas isso despertou em mim um sentimento saudosista de um tempo em que as pessoas mandavam cartas para dizer Oi... e escrever, de próprio punho, tantas coisas legais.

Lembrei de tempos em que me comunicava, pelas cartas, com uma de minhas irmãs que morou fora do país(se fosse hoje, falaríamos via skipe, ou msn...) dos cartões postais recebidos, da emoção de abrir uma carta de alguma amiga!

Os tempos mudaram... outras tecnologias tomam o nosso tempo, mas eu "curti" fazer isso hoje!


Pois é... então, lá fui eu para o Correio enviar a cartinha/presente para uma pessoa muito simpática que conheci, que receberá um mimo feito por mim... (confere aí daqui a uns dias Andreza!)

E, eis que descobri que foi lançada uma coleção de selos em homenagem a algumas profissões... incluindo, as costureiras, vocês sabiam? Olhem que tri!!!!



Não hesitei em pedir que a carta fosse selada com esse lindo Selo...e já aproveitei para comprar uns para a minha coleção... é provável que eu envie cartas para mais alguém das costuras, o pelo menos, decore alguns envelopes valiosos...



A minha carta já se foi... há de se esperar o tempo da viagem...da entrega... e tenho certeza que minha amiga gostará... do selo... da cartinha... do presente.

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