Páginas

Oi!

BEM VINDA(O)!



Por aqui encontrarás algumas idéias e coisas me fizeram muito feliz nesses últimos tempos... e também simbolizaram diferentes momentos da minha vida...

Estás convidada(o) a conhecer a COISA... ler os meus escritos, entender como essa história começou... e saber que tudo por aqui foi feito artesanalmente e com muito amor...

1 de outubro de 2012

Reciclando pensamentos.

Reciclar deixou de ser palavra da Moda, agora é compromisso mesmo, responsabilidade que nossos avós já tinham e que passou despercebida por muitos durante algum tempo.

Sou adepta ao reaproveitamento das coisas e desde pequena.
Cresci vendo minha mãe costurando nossas roupas, que de tempos em tempos passavam por reformas, transformações - ou remendos e serviam às próximas gerações (ou enquanto durassem - os tecidos).

Aprendi que reciclar não era somente economizar recursos materiais, mas era a ampliação da Vida Útil de algo que gostávamos, usávamos e usufruíamos, reunindo também tantos valores passados de uma geração outra.

Percebi com o tempo que gestos de preservação chegam acompanhados de esperança, de vontade que a vida se renove no melhor que cada um pode Ser (preservando, reutilizando, reciclando, resolvendo).
- - - - - - - - - - -
Ao me deparar esses dias com minhas sacolas de pequenos retalhos de tecidos que se multiplicam a cada trabalho finalizado, me senti motivada em aprender novas possibilidades de reaproveitamento (em patchwork, é claro!)...
Quando li o título  do Curso: O Luxo do meu Lixo, no 15 Festival de Gramado (!!!), sabia que teria que fazê-lo.
E fui.

Os tecidos dos trabalhos realizados no curso foram oferecidos pela profe. Deo(linda!), que se "desapegou" do seu saco de Riqueza pessoal e compartilhou conosco muuuitos retalhos. Achei o gesto muito bonito e isso me fez ter ainda mais prazer em costurar aqueles retalhinhos que são partes de sua memória e que para mim se tornaram símbolo desse dia especial de muitas aprendizagens.


É muito bom quando aprendemos além das técnicas... aprendemos no olhar do outro, com os sorrisos, com a generosidade alheia, com os erros, com a ansiedade em não perder nenhum mínimo detalhe.

O curso foi ótimo, o Festival também e mais uma vez aprendi novas técnicas e possibilidades do patchwork, reencontrei gentes de coração aberto e que gosto muito, abracei, sorri, suspirei...  voltei feliz e inspirada a criar a partir do meu saco de Luxo: os retalhos dos tantos tecidos que já costurei vida afora e que insisto em guardar para ressignificar...amanhã, depois, quando tiver um tempo, quando chegar o momento certo, quem sabe HOJE (pior é que hoje não vai dar... meus deveres acadêmicos me chamam, snif, snif).
- - - - - -
Quando vou ao Festival, me dou o capricho de observar, ouvir,  perceber o que está também "nas entrelinhas" de cada trabalho e pessoa que conheço.
Há encontros riquíssimos, mas dá pena ver que alguns insistem nas  "costuras imediatas", deixando a criação para dar lugar à copiação. 
Muitas pessoas tem uma pressa, uma inquietação, uma ânsia que as afasta de um sentido muito bonito do Patchwork, dessa Arte que comunica pela integração das idéias, tecidos, costuras e que tem uma longa história a ser conhecida e preservada.
Sigamos no curso do Rio da nossa vida, que é única e que ninguém copia (pois quem quer copiar a vida alheia, deixa de viver a sua própria, não é mesmo?)

Um abraço!
Sinara.